"Hoje faz 1 ano sem te ver, ou melhor sem te sentir: sem
sentir seu cheiro, seu toque, sem sentir meu toque em você.
Nunca pensei que isso aconteceria comigo, tento pensar que
foi bom você ter ido embora, mas aí penso novamente, bom para quem? Para mim
não foi e você já me disse que para você também não. Eu sei que se você
estivesse aqui, nós não estaríamos mais como hoje. Tá bom, eu não sei de nada,
você me disse que não conseguiria ser só meu amigo, aff ¬¬ por que você me diz
essas coisas hein? Machuca-me tanto saber que não estou com você, que só posso
te ver e ouvir, isso é pouco para nós dois e você sabe disso, mas é o máximo
que podemos ter um do outro.
Lembro-me da última vez que nos vimos (fazia poucos dias que
eu tinha percebido que estava errando em tentar te esquecer com outra pessoa,
mas era isso o que mais tentava fazer), eu estava indo pra facul pegar os novos
horários, quando vejo você e um amigo nosso sentados no barzinho em frente,
você sorriu e eu fui falar com vocês*. Foi normal e ao mesmo tempo diferente,
não sei se enxerguei demais, mas foi como se seus olhos brilhassem (tá, acho que
realmente enxerguei demais, vamos pular essa parte), foi normal porque eu
estava acostumada ao te ver sentado ali, mas foi diferente porque simplesmente
foi diferente, foi a última vez que nos abraçamos, você me chamou de magrela,
brincou comigo, ficou preocupado com minha gripe que não sarava nunca, me
pirraçou um pouco e eu fui pra facul, estava meio que insuportável te ver, mas
não te ter, quando eu saí da facul você ainda estava lá, mas não tive coragem
de ir te dar um outro abraço, acenei e segui, sem olhar para trás sabendo que
estava sendo observada. Essa é realmente a minha última lembrança de nós dois
sem a barreira do pc.
Quando cheguei em casa, você tinha me mandado uma
mensagem querendo me ver, eu ainda estava em dúvida, eu estava com muito medo
para falar a verdade, do meu sentimento por você, então resolvi pensar, pensei
demais, pensei tanto que quando te respondi você já tinha ido embora, foi um
dos dias mais tensos, fiquei sem reação, estava me culpando e ao mesmo tempo culpando você por
ter me negado esse detalhe crucial, até “brigamos” por causa disso meses
depois, e você me deu uma resposta que me deixou calada, rsrs, é que eu sempre
espero o pior de você, mas você não costuma vir com o seu pior. Fiquei com
tanto medo que perdêssemos contato, que nos esquecêssemos, foram dias difíceis
os que fiquei sem notícia sua, não sabia nada de você, exceto que teve que
voltar pra sua cidade, coisa que depois de algum tempo você me explicou um
pouco do porque do retorno, não tudo, isso tenho certeza, mas não forcei barra.
Você voltou para sua cidade, cidade essa que é distante demais da minha,
distância que impede que nos sintamos, mas não impede que continuemos tentando.
E você continua comigo, até mesmo quando eu penso que não sou mais nada para
você, até mesmo quando o meu orgulho é maior que o seu, você continua comigo,
que sabe quando estou com sono, que me “ouve” quando estou chata, feliz,
irritante, que briga comigo, que pede para eu ter calma, que me pirraça... E
por tudo isso que é pouco, mas é tudo que podemos ter e ser um para o outro,
que toda vez que penso em desistir, eu não desisto.
Ainda me questiono sobre os meus sentimentos, sobre os seus
sentimentos, me questiono, se é verdadeiro, até onde isso vai levar, me
pergunto se é verdade que conseguimos ficar assim há tanto tempo, então paro e
me deixo viver, até que acabe. Já tentei várias vezes antecipar o fim, mas
nunca consegui, e quando paro para pensar, agradeço por não ter conseguido, é
bom estar contigo, você me faz bem!!!
*VOCÊ"
HAHA! Mais uma vez escrevendo para ele e tendo a certeza de
que ele não vai ler, mas quem sabe um dia eu possa me revelar, e mostrar para
ele o que sinto, que tenho dificuldades em me expressar, mas nas palavras
escritas eu me liberto, me deixo levar. Quem sabe...
O que posso dizer é que ele é muito importante para mim, que
um dia eu posso não mais sentir o que sinto por ele, mas o que ele foi para
mim, isso nunca vai mudar, independente de tudo. Que pode passar 10, 20, 50
anos, enquanto eu tiver memórias, meus cadernos-diários, e internet para olhar
o blog, eu me lembrarei dele. Foi um ano de saudades, mas não foi um ano para
me fazer esquecer, lembro-me dele, cada detalhe, sorriso, olhos, a mania de pegar
nas sobrancelhas, o jeito de andar, de falar, tudo. E pode ser que um dia eu
não me lembre disso tudo, mas dele eu não me esquecerei.
Hatinha
Lindooo o que escreveu... Estava atras de histórias assim pois essa semana vai fazer um ano que também estou sem o cara que eu amo, a diferença é que ele não me ama... Também tenho um blog no qual escrevo sobre a nossa história mas ninguém sabe da existência dele... Não desiste por causa da distância, quem sabe ele volta a morar perto de ti daqui um tempo, ninguém sabe o dia de amanhã... Beijo!
ResponderExcluirNão precisa aceitar, só me identifiquei com algumas coisas e queria que tu soubesse que tu não é a unica, pois eu sabendo que não sou a unica me sinto melhor, queria passar isso pra ti!! Beijo
ResponderExcluirÉ sempre bom sabermos que não estamos sós!!
ExcluirBeijoo